DESMOBILIZAÇÃO DO HOSPITAL DO SÃO LUIZ

DESMOBILIZAÇÃO DO HOSPITAL DO SÃO LUIZ

O Governo do Estado do Rio Grande do Norte, através da Secretaria Estadual de Saúde (SESAP) pediu reunião com o Ministério Público Estadual (MPRN), com Associação de Assistência e Proteção à Infância de Mossoró (Apamim) e a Secretaria Municipal de Saúde de Mossoró (SMS) para discutir o início da desmobilização do Hospital de Campanha São Luiz, em Mossoró-RN.


A reunião aconteceu online nesta quinta-feira, 24. 


O Hospital de Campanha São Luiz, para pacientes covid19, começou a funcionar oficialmente no dia 1º de maio. Foi instalado através de um Termo de Ajustamento de Conduta proposto pelo Ministério Público Estadual ao Governo do Estado, Prefeitura de Mossoró e a APAMIM.


No caso, coube a APAMIM, que está sob intervenção judicial, a missão de instalar e administrar o Hospital de Campanha para pacientes covid19, e ao Governo do Estado e Prefeitura de Mossoró, agilizar o custeio com recursos federais e contrapartida própria. 


O contrato vai até dezembro próximo, quando deve concluir a completa desmobilização da unidade, que já atendeu cerca de 700 pacientes com covid19 do Oeste do Rio Grande do Norte, sendo que mais ou menos metade deste montante de Mossoró.  


A SESAP foi representada pela secretaria adjunta Maura Vanessa Silva Sobreira e pela coordenadora de Operações de Hospitais e Unidades de Referência (COHUR), Gilsandra de Lira Fernandes, que explicaram as razões pelas quais deveriam começar a desmobilização da estrutura para tratar de pacientes covid19 na região de Mossoró.


A SMS foi representada pela secretária Saudade Azevedo e a APAMIM por Larizza Queiroz, que é a coordenadora geral da intervenção judicial na APAMIM, que administra o Hospital Maternidade Almeida Castro e, durante a pandemia do novo coronavirus, assumiu a missão de administrar também a gestão do Hospital de Campanha São Luiz.


A Secretaria Adjunta da SESAP, Maura Vanessa fez uma explanação dos casos de covid19 no Rio Grande do Norte. Mostrou que a taxa de ocupação de leitos de UTI covid19 na região de Mossoró está abaixo de 40%. No caso do Hospital São Luiz, são 40 leitos de UTI e outros 25 de enfermaria. No Hospital Regional Tarcísio Maia são 9 leitos de UTI covid19.


No caso do HRTM, os 9 leitos estão ocupados. No caso do Hospital São Luiz, neste dia 24 de setembro haviam 17 leitos de UTI ocupados e 23 desocupados. Há cerca de 15 dias, haviam 28 leitos, mas teve um aumento pequeno no número de infectados e aumentou o número de internados. Já na unidade de campanha da SMS, a procura tem sido pequena.


Também tem leitos covid19 no Hospital Wilson Rosado, Santa Luiz e Hospital Maternidade Almeida Castro. Porém, neste caso, são específicos. Devido a redução do número de casos, em especial a partir do final de agosto e início de setembro, os leitos de disponíveis no Hospital Regional Rafael Fernandes foram desativados. 


As representantes da SESAP falaram que se voltar a crescer o número de infectados, passando a precisar de mais de 30 leitos de UTI do Hospital São Luiz, a unidade de campanha do município (UPA do BH) e o Hospital Rafael Fernandes dão conta da demanda.


Após feito a explanação do quadro estatístico, o promotor de justiça Rodrigo Pessoa elogiou o trabalho da intervenção judicial na APAMIM, na gestão do Hospital Maternidade Almeida Castro e principalmente no Hospital São Luiz, reconhecimento também feito pelas representantes da SESAP e da SMS de Mossoró.


Como todos concordaram, ficou decidido que tudo correndo bem no dia 1º de outubro será desativado uma UTI covid19 de dez leitos no Hospital São Luiz, ficando assim outras 3 de 10 leitos cada e uma enfermaria de 25 leitos. Larizza Queiroz agradeceu os elogios e se colocou à disposição para contribuir no que for possível, como tem feito sempre que preciso.


Larizza Queiroz lembrou que o contrato de locação e funcionamento do Hospital São Luiz vai até dezembro, quando o Governo do Estado e a Prefeitura de Mossoró já devem ter estrutura suficiente e adequada para receber a demanda de pacientes que por ventura venha a existir ainda nesta unidade de campanha de tratamento covid19.