Os interventores na Associação de Assistência e Proteção a Maternidade e a Infância de Mossoró (APAMIM) conseguiram superar mais uma etapa no processo de reestruturação do Hospital Maternidade Almeida Castro, com a conclusão da reforma e ampliação do Centro Obstétrico, com capacidade para realizar, de forma confortável, 650 partos/mês. A nova estrutura amplia também a capacidade do hospital fazer cirurgias eletivas.
São oito leitos instalados na sala do pré-parto, 3 salas equipadas com equipamentos para pré-parto, parto e pós-parto, Farmácia Satélite, Farmácia Central, três salas com equipamentos novos para cesáreas, sala de recuperação anestésica com 8 leitos, e toda estrutura de apoio.
A coordenadora da Intervenção, Larizza Queiroz, destacou que as redes elétrica e hidráulica, assim como o teto foram 100% substituídos. As paredes foram revestidas com cerâmica e parte do piso e das lajes foram substituídos ou recuperados. Estavam corroídas.
A principal dificuldade durante as obras, conforme o interventor Benedito Viana, foi adaptar o Centro Cirúrgico do hospital para funcionar como Centro Obstétrico. Durante o período das obras, de janeiro a outubro de 2017, nasceram 5.228 bebês, média de 520 por mês.
Com o início das atividades do Centro Obstétrico novo, o Centro Cirúrgico, que tem quatro salas, fica exclusivo para cirurgias ortopédicas (uma sala equipada para este fim), gerais, buco maxilo e principalmente as cirurgias ginecológicas, segundo o interventor Benedito Viana.
O que mais já funciona no Hospital Maternidade Almeida Castro
20 leitos de UTI neonatal, sendo que 17 ativos
13 leitos de UCINCo - Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Convencional
18 leitos de UCINCa - Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Canguru
8 leitos de UTI adulto
74 leitos de alojamento pós-parto
20 leitos na Casa da Mãe Coruja
78% é a taxa de ocupação.
800 refeições/média ao dia na Nutrição
Exames
Laboratório moderno completo
Raio X fixo e móvel
Ultrassom
Lavanderia
Esterilização
Entre outros serviços.
A intervenção judicial na APAMIM para reestruturar o Hospital Maternidade Almeida Castro começou há 3 anos. Na época, a estrutura havia parado de funcionar, deixando enormes prejuízos a toda a população da região Oeste do Rio Grande do Norte.
Com base no que apurou o Ministério Público Federal, Estadual e do Trabalho, os recursos federais que eram destinados para a APAMIM manter funcionando o Hospital Maternidade Almeida Castro (antiga Casa de Saúde Dix Sept Rosado), estavam sendo desviados.
Como não havia estrutura organizacional e nem estrutural para funcionar, parou as atividades em agosto de 2014. A pedido do Conselho Regional do Medicina, do MPF, MPT e MPRN, no final de setembro daquele ano, a Justiça Federal decretou a intervenção.
Os trabalhos de restauração dos serviços no Hospital Maternidade Almeida Castro começaram de imediato, diante da urgência. Nestes três anos de trabalho, foi possível negociar as dívidas trabalhistas (estão sendo pagadas) e com parte dos credores.
Ao mesmo tempo que se paga contas milionárias, os interventores Larizza Queiroz, Benedito Viana e Ivanise Feitosa trabalham a estrutura física da maternidade, com recursos do SUS com contrapartida do Governo do Estado e da Prefeitura Municipal de Mossoró.